Os momentos de pânico vividos nesta quinta-feira pelos estudantes da Escola Municipal Tasso da Silveira, vão sendo, aos poucos, remontados por meio de relatos deles e também de parentes que foram ao local ao saberem que um atirador havia disparado, com tiros de revólver, contra vários alunos.
Vários desses parentes passaram, durante a tarde, pelo Hospital Estadual Albert Schweitzer, para onde foram levados inicialmente 13 dos feridos. "Ele entrou na sala, vestindo um jaleco, dizendo que ia dar uma palestra e começou a atirar. Minha filha pegou o celular para pedir socorro, quando ele atirou nela. O tiro pegou na barriga", contou a dona de casa Veronice Gomes de Lima, mãe de Renata, de 13 anos, do 8º ano.
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Dentro do hospital, os parentes estão recebendo atendimento psicológico para tentar superar a perda. "Eles estão arrasados, precisando de todo o apoio. A ficha ainda não caiu. Agora é momento de trabalhar esse luto, para tentar um reequilíbrio e uma reinserção na sociedade. Porque eles precisam caminhar e continuar suas vidas", disse a psicóloga Helena Beatriz.