Ainda não eram 9h da manhã quando o Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, zona oeste do Rio, começou a receber as primeiras vítimas do massacre ocorrido na Escola Municipal Tasso da Silveira. Pouco antes, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, entrou na colégio e passou a atirar em crianças que estavam em aula. Munido de dois revólveres e carregadores automáticos com muita munição, ela matou 11 alunos, feriu pelo menos 13 e se suicidou.
Infográfico mostra como foi a chacina
“Não esperava experimentar que vi aqui. Ver toda a equipe do Albert Schweitzer chorando nos corredores. É uma situação que a gente não está acostumado. É uma violência tão grande, totalmente desnecessária”, disse o secretário.
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Também na porta do hospital, em busca de notícias de uma colega, Pamela Cristina Muniz, 13 anos, aluna do 7º ano da Escola Tasso da Silveira, contou que os professores levaram os estudantes para o auditório, no último andar do prédio, quando ouviram os tiros. “Subi correndo. Só ouvi os tiros. Lá, eles trancaram a porta com cadeiras e com armários. Foi uma gritaria só. Todo mundo em pânico. Dá medo voltar à escola.”