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Ataque no Rio preocupa colégios de São PauloMassacre em escola escocesa levou Grã-Bretanha a proibir armas em 1997 Polícia faz perícia em escola do Rio após massacrePelo menos quatro corpos de vítimas serão enterrados em RealengoONG, amigos e vizinhos homenageiam vítimas do massacre em escola do RioAtirador que matou estudantes em escola pública do Rio fez pelo menos 60 disparosApós tiroteio, três crianças ainda estão em estado graveCorpos das vítimas do massacre são enterrados em RealengoA demonstração de solidariedade às vítimas do ataque mobilizou também 50 policiais militares de Unidades de Polícia Pacificadora, que também se prontificaram a fazer doações. A média de espera na fila foi de quatro horas. À tarde, o ex-atacante e atual presidente do Vasco, Roberto Dinamite, convocou torcedores do clube a fazerem o mesmo. A procura pelas unidades do Hemorio foi tão grande que a enfermeira responsável pelo setor de promoção de doações, Neusimar Carvalho, pediu ao público que voltasse hoje. “O importante é que os doadores continuem a vir nos próximos dias”, ressaltou.
Solidariedade
Pai de dois alunos da escola que sofreu o ataque, o técnico em eletrônica Robson de Carvalho, 48 anos, relatou que a filha ligou para a mãe para relatar a tragédia. Ele contou que, em seguida, correu em direção à Escola Municipal Tasso da Silveira em busca de notícias. O filho já estava fora da unidade de ensino, mas a menina continuava no terceiro andar, onde professoras trancaram as salas para evitar a entrada do assassino. Ao se deparar com os primeiros alunos que apareceram feridos em frente ao colégio, ele diz ter colocado seis deles em sua caminhonete e seguido rumo ao Hospital Albert Schweitzer. “Foi muito grave, nunca tinha visto nada igual. As crianças também vão ficar marcadas, mas graças a Deus meus filhos estão bem”, contou, emocionado.
José Marcos Sobrinho, 28 anos, também prestou socorro a um estudante ferido. Ele relatou que seguia para uma entrevista de emprego quando foi abordado por três crianças — uma delas atingida por um tiro. Sobrinho contou que pediu ajuda a um motorista que passava pelo local para que levasse a menina de 11 anos ao pronto-socorro. A garota teria dito, no momento em que era socorrida, que diversas crianças da escola foram atingidas com tiros na cabeça.
À medida que as crianças baleadas chegavam ao Hospital Albert Schweitzer, médicos e enfermeiros pareciam não acreditar no que viam. Uma médica disse que profissionais das mais diversas áreas da unidade hospitalar se juntaram à equipe de emergência para prestar socorro aos feridos. Segundo ela, enquanto prestavam atendimento, os profissionais choravam.