Jornal Estado de Minas

Corpos das vítimas do massacre são enterrados em Realengo

Correio Braziliense Agência Brasil
Amigos e parentes de Larissa Silva Martins, uma das vítmas do massacre, durante o seu enterro - Foto: REUTERS/Sergio Moraes
Os corpos das adolescentes Mariana Rocha de Souza e Larissa Silva Martins foram sepultados no Cemitério Morundu, em Realengo.

Dezenas de parentes passaram mal ao longo de velório e tiveram de ser atendidas por equipes médicas da Secretaria municipal de Saúde, que estão de plantão no local. Um helicóptero da Polícia Civil presta homenagem às vítimas lançando pétalas de rosas sobre o cemitério.

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A chefe de polícia Civil, Martha Rocha, e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, também vieram prestar solidariedade. Mais cedo, o prefeito Eduardo Paes já havia visitado o local.

Liberação

O corpo de mais uma vítima do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, deve ser liberado nas próximas horas do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro. Chegou há pouco à instituição, no centro da capital, o pai de Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos. Quando o corpo da menina for liberado, restarão no IML mais três, das 12 vítimas da chacina, além o do atirador, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos.

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Os corpos das estudantes Milena dos Santos, 14 anos, e Samira Pires Ribeiro, de 13 anos, foram liberados nesta sexta-feira pela manhã.

Muito emocionado, o pai de Ana Carolina, Raimundo Nazaré Freitas da Silva, de 46 anos, recusou o auxílio para funeral oferecido pela prefeitura da cidade e disse que pretende cremar o corpo da menina. Ele tentou oferecer os órgãos para a doação, mas não foi possível aproveitá-los.

Militar reformado do Exército, Raimundo pediu reforço na segurança das escolas e atendimento de saúde para crianças que apresentarem sinais de transtornos mentais. Para ele, com essa atenção, pessoas com problemas podem ter tratamento adequado. “Esse rapaz perdeu o pai, a mãe, que era esquizofrênica. Se você identifica isso, podemos evitar isso aí. Perdi minha filha, que era linda, linda, linda”, desabafou.

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Se nenhum familiar de Wellington Menezes comparecer ao IML, no centro do Rio, para buscar o corpo em 15 dias, ele será enterrado como indigente pela Polícia Civil.