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Diretor da escola tenta evitar saída de alunos depois de massacreVizinhos pedem paz e pintam de branco muro da casa da família de atirador em RealengoQuatro vítimas do massacre em Realengo recebem altaUbiratan Soares, de 65 anos, disse que a neta, que estuda na Tasso da Silveira à tarde, não quer mais entrar no colégio e que por isso foi pedir a transferência da menina. “Ela não quer mais voltar para essa escola. Ela não consegue dormir, fica vendo televisão a noite toda”, desabafou.
Ana Maria Alves Pinheiro também foi hoje de manhã à Escola Tasso da Silveira pedir a transferência da neta de 13 anos e que, apesar de estudar à tarde, conhece as vítimas da tragédia. “Ela está muito perturbada, fica chorando o tempo inteiro. Ela não dorme, ri à toa. Ela não está bem. A gente está precisando de um psicólogo”, disse a senhora.
Noeli Rocha, mãe da menina Mariana, morta pelo atirador, foi à escola buscar o material escolar da filha, mas terá que voltar à tarde. “Não é coisa de importância. É só uma mochila, mas para mim é importante. O que será que ela sentiu, eu não estava aqui para defendê-la. Eu ainda escuto minha filha me chamar”, disse com a voz embargada.