As informações mais atuais, retiradas do Mapa da Violência 2010, feito com base nas certidões de óbito de todo o país registradas em 2007, mostram ainda que o índice se torna alarmante a partir dos 14 anos, faixa etária em que morrem 9,4 meninos entre 100 mil — quase alcançando a taxa de 10 assassinatos por 100 mil habitantes, marca para a Organização Mundial da Saúde classificar a situação como uma epidemia de violência. O Distrito Federal, em quinto lugar no ranking de homicídios na população total, subiu uma posição no que diz respeito à morte de pessoas de zero a 19 anos. A taxa de 24,2 mortes por 100 mil habitantes só é superada por Pernambuco, Alagoas e Espírito Santo.
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Em vídeo, atirador de Realengo planeja ação pelos 'bons'Mais uma vítima de Realengo sai do hospital no RioPolícia aguarda informações de quebra de sigilo eletrônico de atirador de RealengoCelebração religiosa lembra vítimas de chacina em RealengoPais de alunos da Escola Tasso da Silveira aprovam cronograma de retomada das aulasEstudante que recebeu dois disparos em Realengo passa bemCoordenadora do programa de controle de armas do Instituto Sou da Paz, Alice Ribeiro destaca também a falta de habilidade para resolver conflitos. Com tal proposta, a entidade civil realiza, desde o ano passado, ações relacionadas ao Dia do Desarmamento Infantil, comemorado em 15 de abril. “Não sabemos como a data foi criada exatamente, mas ela já existe há alguns anos e nossa ação já estava programada, não foi em função do triste episódio em Realengo”, explica Alice. Com a participação de 150 escolas da capital de São Paulo, o projeto, que começou na segunda e se estenderá até sexta-feira, recolheu 1,9 mil armas de brinquedo e 2,6 mil DVDs com conteúdo violento. Fortaleza é outra cidade que participa da ação, tendo recolhido mais de 30 mil armas de brinquedo desde a primeira campanha, em 2005.
Em Realengo, na missa de sétimo dia, realizada em um palco montado próximo à escola, centenas de pessoas se reuniram para homenagear os mortos no ataque à escola. Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, morta em março de 2008, compareceu à celebração para prestar solidariedade. Um helicóptero da Polícia Civil jogou pétalas de rosas durante a cerimônia.
Mais de 100 no DF
A Polícia Civil mapeou a existência de 100 gangues no Distrito Federal, mas 26 são consideradas, de fato, perigosas. Plano Piloto, Ceilândia, Guará, São Sebastião e Planaltina são os principais locais de atuação dos jovens. A idade dos integrantes das gangues varia muito — de crianças a adultos jovens. O controle territorial e a pichação marcam a rivalidade entre eles.