Pelo menos 120 mil pessoas participaram neste domingo da 11ª edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) de Campinas. Os números são da organização do evento que, no ano passado, reuniu 100 mil pessoas, e nesta versão esperava a adesão de 20% mais participantes.
O tema da parada deste ano fazia referência direta ao projeto de lei contra a homofobia: "Eu pago meus impostos. Exijo meus direitos: PLC 122". A Polícia Militar reforçou a segurança e profissionais da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) fizeram os desvios do tráfego e estacionamento de carros. Não foram registrados incidentes graves.
O evento começou por volta das 14 horas no Largo do Pará, centro da cidade. Antes, porém, todos foram convidados a cantar o Hino Nacional e, em seguida, realizar um 'beijaço' em plena avenida. Dois trios elétricos animaram o evento, com uma mistura de música eletrônica internacional.
O desfile seguiu pelas avenidas Francisco Glicério, Moraes Sales ruas Irmã Serafina e Benjamin Constant, com concentração final no Largo do Rosário, onde foi montado um palco para as apresentações de artistas locais. Dentre os convidados do evento o ex-BBB Serginho, Leo Aquila e Priscila Drag estiveram o tempo todo em cima do trio elétrico.
Impeachment
Em meio ao burburinho do evento, um grupo de perto de 100 participantes aproveitou o desfile para protestar pedindo o impeachment do prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT). Além da distribuição de material impresso, o grupo levou faixas e cartazes lembrando o caso.
O movimento 'Fora Hélio' surgiu em 20 de maio, após operação do Ministério Público (MP) e da Corregedoria da Polícia Civil que culminou com a prisão preventiva de diversos membros do primeiro escalão da prefeitura e de empresários prestadores de serviço da administração.
Segundos as denúncias apresentadas pelo MP, há fortes indícios de tráfico de influência, desvio de dinheiro e fraudes em licitações públicas.
Embora a Câmara Municipal já tenha em andamento uma Comissão Processante (CP), um abaixo-assinado quer reunir a adesão de 40 mil assinaturas, o que seria 5% do eleitorado local, para pedir o afastamento do prefeito junto aos vereadores. Segundo os organizadores até hoje cerca de 4 mil pessoas assinaram o documento.