Em relação aos casos graves da doença, a redução foi de 45% - 8.102 casos ante 14.685 no primeiro semestre de 2010. Quase 70% desses foram registrados nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Amazonas e de São Paulo. Os casos graves são considerados os de febre hemorrágica ou aqueles com quadro de complicação que exigem internação do paciente.
De janeiro a julho, as notificações somaram 715.666. Na comparação com o mesmo período de 2010, a queda foi de 18%. A Região Sudeste responde por quase metade dos casos, 47% dos casos, o equivalente a 338.307 notificações. Em seguida, aparece o Nordeste, Norte, Sul e Centro-Oeste.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, o foco do governo é evitar os casos graves e mortes porque a doença têm apresentado mudanças no país, o que aumenta as chances das vítimas desenvolverem as formas graves da dengue. “A dengue passa por uma modificação no Brasil. Ela deixa de ser uma doença de produzir casos leves e aumenta a possibilidade de casos graves por causa da recirculação de vírus”.
O vírus tipo 1 da dengue é o mais incidente no país, mas aumentou a circulação dos sorotipos 2 e 4 – o último voltou a circular depois de 28 anos. Se uma pessoa for infectada pelo tipo 1, ela pode ficar doente pelos outros tipos do vírus. Quanto mais vezes a pessoa tiver a doença, maior a chance de ter a forma grave da dengue.
Na avaliação do secretário, a queda demonstra que os médicos estão identificando precocemente os pacientes com dengue e tratando-os, o que evita que a forma grave da dengue.