As frequentes explosões de bueiros na cidade forçaram a prefeitura do Rio a decidir pela contratação de uma empresa para monitorar a situação nas galerias subterrâneas das concessionárias de gás CEG e de eletricidade Light. A medida foi acertada após reunião que durou mais de três horas, na tarde desta sexta-feira, entre as duas empresas, a prefeitura, o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e o Ministério Público (MP).
“Nós pressionamos para que a CEG faça algo parecido como a Light fez, que é um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público. Ele estabelece prazos para que se modernize a rede e se resolvam os problemas. A nossa preocupação é, até que isso aconteça, como a gente monitora. A ideia é que se contrate uma empresa para fazer o monitoramento permanente de todas essas caixas onde há perigo de explosão”, disse o prefeito Eduardo Paes.
O promotor Rodrigo Terra, da Promotoria de Defesa do Consumidor, enfatizou a necessidade de haver maior comprometimento das concessionárias em solucionar o problema, principalmente a CEG, pois a Light já assinou um TAC com o MP.
“Ela declarou categoricamente ao juízo da 4a Vara Empresarial que não tinha qualquer responsabilidade por conta dessas explosões. E o que a gente tem visto ultimamente é exatamente o contrário. Na última explosão foi detectado gás e hoje de manhã foi detectado gás em um nível de explosividade inaceitável. Se ela não aceitar assinar esse Termo de Ajustamento de Conduta, há uma chance muito grande de a Justiça condená-la por violação de direito do consumidor”, alertou o promotor.
Os representantes da Light e da CEG saíram da reunião sem fazer declaração e delegaram ao prefeito e ao promotor a tarefa de comunicar o que ficou acordado no encontro.