De acordo com o levantamento, o crescimento dessas cidades tem sido observado nos últimos 30 anos, mas ficou mais evidente no último censo demográfico, embora tenha sido constatado também que as grandes cidades ainda concentram 30% da população brasileira – taxa considerada expressiva.
Por outro lado, as cidades com população de até 10 mil (27% dos municípios do país) perderam habitantes. Segundo o IBGE, essas localidades têm o Produto Interno Bruto (soma das riquezas e bens produzidos) muito baixo, o que estimularia a migração por melhores condições de vida.
Um PIB mais robusto, no entanto, pode não justificar deslocamentos para cidades com até 500 mil habitantes. "A explicação não fica claramente justificada pelo tamanho do PIB per capita, dado que parte importante não apresentou PIB elevado, muito embora os municípios com os melhores indicadores encontrem-se neste estrato", afirma o texto.
Em termos de crescimento populacional influenciado pela migração, o estudo do IBGE também destaca a incorporação de municípios e aglomerações em torno de importantes rodovias como a BR-101, ao longo do litoral brasileiro, e da BR-116, entre o Ceará e o Rio Grande do Sul.
No interior do país, o mesmo efeito vem sendo verificado no em torno da BR-158, entre Barra dos Garças (MT) e o Pará, e na BR-163, entre Cuiabá e Santarém (PA).