Antes e depois do teste, os pacientes são aconselhados, como já é feito no caso de exames de HIV. Quem recebe resultado positivo é encaminhado para uma unidade de saúde, onde passa por um novo teste para confirmá-lo. Quando esse resultado é novamente positivo, o paciente é encaminhado para o tratamento.
A gerente do Programa de Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil, Guida Silva, disse que a prefeitura está preparada para o tratamento de novos casos, mesmo que haja uma grande demanda. “Há mais ou menos dois anos, iniciamos a implantação dos polos de atendimento e tratamento das hepatites virais no município do Rio. Os médicos gastroenterologistas, infectologistas e hepatologistas foram capacitados, assim como as equipes multidisciplinares formadas por psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais que trabalham com os médicos”, destacou, ao acrescentar que foram implantados polos de atendimento em 12 policlínicas, cobrindo todas as dez áreas do município.
Guida ressaltou que a hepatite é uma doença silenciosa, já que os sintomas, como insuficiência hepática, hepatocarcinoma (câncer de fígado) e cirrose, demoram cerca de 20 anos para aparecer.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,5 milhão de pessoas morrem de hepatites virais no mundo por ano. A vacinação com três doses é a única maneira de evitar o contágio da hepatite B. Utilizar material intravenoso descartável ou esterilizado corretamente, usar preservativo e não compartilhar objetos pessoais, como escova de dente e canudos, são formas de evitar a doença.