A deputada Liliam Sá (PR-RJ) decidiu convidar os familiares das vítimas após três meses de espera por uma audiência com o prefeito, Eduardo Paes (PMDB). Segundo ela, várias reivindicações dos pais das vítimas não estão sendo tratadas como deveriam. É o caso de Andréia Tavares Machado, mãe de Thayane Tavares, 14 anos, que ficou paraplégica após receber um tiro. “Entregaram umas apostilas para a Thayane estudar em casa, mas ela não tem nenhum acompanhamento. Está muito difícil levar minha filha para qualquer lugar porque minha casa não tem estrutura para cadeira de rodas”, diz.
A comissão protocolou requerimento de informação para a Prefeitura do Rio sobre o que vem sendo feito para auxiliar os familiares das vítimas e vai solicitar audiência com Eduardo Paes para pressionar pelo apoio às vítimas. Segundo a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Margarida Pressburger, a responsabilidade por assistência em casos como o de Realengo e do Estado, já que, constitucionalmente, a segurança deve ser assegurada em nível municipal, estadual e federal.