Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que, a cada ano, cerca de 10 mil novos casos de linfoma não Hodgkin surgem no país. Embora seja o tipo de câncer no sistema linfático mais incidente na infância, diz o instituto, a quantidade de casos duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas na terceira idade, “por razões ainda desconhecidas”. O hematologista Gustavo Bettarello pressupõe que, entre os mais de 20 subtipos de linfoma não Hodgkin existentes, o que acomete o ator é uma variante agressiva, mais comum em pessoas jovens. Apesar disso, ele explica que a doença é curável. “Em alguns casos, usa-se a imunoterapia, que ataca proteínas específicas das células doentes. As chances de recaída são muito pequenas”, explica Bettarello.
Drama familiar
A família de Gianecchini convive desde o início deste ano com outro drama relacionado ao câncer. O pai do ator está em tratamento por conta de um tumor no pâncreas. Apesar disso, o oncologista Buzaid descarta o componente genético para explicar o diagnóstico de Gianecchini. “Não há predisposição genética. O linfoma é algo que pode ocorrer com qualquer um de nós”, diz ele. Segundo o especialista, ter contato com alguns vírus, como o Epstein-Barr e Helicobacter pilory, ambos muito presentes na natureza, aumenta o risco de desenvolver o linfoma não Hodgkin. Exposição a radiações e agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes, fertilizantes, herbicidas e inseticida, também são fatores associados ao surgimento de tumores no sistema linfático.
Sintomas
Entre os sintomas do linfoma não Hodgkin estão gânglios aumentados no pescoço, nas axilas e ou na virilha, sudorese noturna excessiva, febre, coceira na pele e perda de peso sem motivo aparente, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).