Depois de uma bateria de exames realizados desde o início do mês, quando se internou no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por conta de uma suposta faringite, o ator Reynaldo Gianecchini, 38 anos, teve a confirmação de que está com um linfoma não Hodgkin. Esse tipo de câncer linfático que acometeu o artista é o mesmo diagnosticado na presidente Dilma Rousseff no início de 2009, durante um checape rotineiro. Então ministra da Casa Civil, ela passou por quimioterapia e radioterapia por aproximadamente cinco meses depois de extirpar o único tumor que havia no corpo para fazer a biópsia, recuperando-se bem, conforme boletins médicos. No caso de Gianecchini, ainda é preciso aguardar a confirmação de alguns testes para saber o subtipo das células — se B, como Dilma teve, mais fácil de ser tratado, ou T, mais raro e complicado.
O ator, que cogita se consultar com especialistas nos Estados Unidos, emitiu nota dirigida aos fãs. “Estou pronto para a luta e conto com o carinho e o amor de todos vocês”, disse, no comunicado. De acordo com Antonio Buzaid, chefe do Centro Avançado de Oncologia do Hospital São José, em São Paulo, independentemente do subtipo do linfoma que o paciente tem, o tratamento-padrão é a quimioterapia e, dependendo do caso, a radioterapia. “Nunca se trata linfoma com cirurgia. O que se faz, como ocorreu no caso da presidente Dilma, é a retirada de um tumor para saber o nome do inimigo. Com isso, estabelece-se o tipo de droga, o período de tratamento, entre outras questões. Os eventuais tumores espalhados pelo corpo serão combatidos com remédios”, destaca Buzaid, um dos maiores especialistas do país na área de câncer.
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que, a cada ano, cerca de 10 mil novos casos de linfoma não Hodgkin surgem no país. Embora seja o tipo de câncer no sistema linfático mais incidente na infância, diz o instituto, a quantidade de casos duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas na terceira idade, “por razões ainda desconhecidas”. O hematologista Gustavo Bettarello pressupõe que, entre os mais de 20 subtipos de linfoma não Hodgkin existentes, o que acomete o ator é uma variante agressiva, mais comum em pessoas jovens. Apesar disso, ele explica que a doença é curável. “Em alguns casos, usa-se a imunoterapia, que ataca proteínas específicas das células doentes. As chances de recaída são muito pequenas”, explica Bettarello.
Drama familiar
A família de Gianecchini convive desde o início deste ano com outro drama relacionado ao câncer. O pai do ator está em tratamento por conta de um tumor no pâncreas. Apesar disso, o oncologista Buzaid descarta o componente genético para explicar o diagnóstico de Gianecchini. “Não há predisposição genética. O linfoma é algo que pode ocorrer com qualquer um de nós”, diz ele. Segundo o especialista, ter contato com alguns vírus, como o Epstein-Barr e Helicobacter pilory, ambos muito presentes na natureza, aumenta o risco de desenvolver o linfoma não Hodgkin. Exposição a radiações e agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes, fertilizantes, herbicidas e inseticida, também são fatores associados ao surgimento de tumores no sistema linfático.
Sintomas
Entre os sintomas do linfoma não Hodgkin estão gânglios aumentados no pescoço, nas axilas e ou na virilha, sudorese noturna excessiva, febre, coceira na pele e perda de peso sem motivo aparente, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
O ator, que cogita se consultar com especialistas nos Estados Unidos, emitiu nota dirigida aos fãs. “Estou pronto para a luta e conto com o carinho e o amor de todos vocês”, disse, no comunicado. De acordo com Antonio Buzaid, chefe do Centro Avançado de Oncologia do Hospital São José, em São Paulo, independentemente do subtipo do linfoma que o paciente tem, o tratamento-padrão é a quimioterapia e, dependendo do caso, a radioterapia. “Nunca se trata linfoma com cirurgia. O que se faz, como ocorreu no caso da presidente Dilma, é a retirada de um tumor para saber o nome do inimigo. Com isso, estabelece-se o tipo de droga, o período de tratamento, entre outras questões. Os eventuais tumores espalhados pelo corpo serão combatidos com remédios”, destaca Buzaid, um dos maiores especialistas do país na área de câncer.
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que, a cada ano, cerca de 10 mil novos casos de linfoma não Hodgkin surgem no país. Embora seja o tipo de câncer no sistema linfático mais incidente na infância, diz o instituto, a quantidade de casos duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas na terceira idade, “por razões ainda desconhecidas”. O hematologista Gustavo Bettarello pressupõe que, entre os mais de 20 subtipos de linfoma não Hodgkin existentes, o que acomete o ator é uma variante agressiva, mais comum em pessoas jovens. Apesar disso, ele explica que a doença é curável. “Em alguns casos, usa-se a imunoterapia, que ataca proteínas específicas das células doentes. As chances de recaída são muito pequenas”, explica Bettarello.
Drama familiar
A família de Gianecchini convive desde o início deste ano com outro drama relacionado ao câncer. O pai do ator está em tratamento por conta de um tumor no pâncreas. Apesar disso, o oncologista Buzaid descarta o componente genético para explicar o diagnóstico de Gianecchini. “Não há predisposição genética. O linfoma é algo que pode ocorrer com qualquer um de nós”, diz ele. Segundo o especialista, ter contato com alguns vírus, como o Epstein-Barr e Helicobacter pilory, ambos muito presentes na natureza, aumenta o risco de desenvolver o linfoma não Hodgkin. Exposição a radiações e agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes, fertilizantes, herbicidas e inseticida, também são fatores associados ao surgimento de tumores no sistema linfático.
Sintomas
Entre os sintomas do linfoma não Hodgkin estão gânglios aumentados no pescoço, nas axilas e ou na virilha, sudorese noturna excessiva, febre, coceira na pele e perda de peso sem motivo aparente, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).