O casal que estava em um carro na Avenida Presidente Vargas, perto do local onde um ônibus da Viação Jurema foi interceptado pela Polícia Militar, durante uma tentativa frustrada de assalto, identificou, por meio de fotografia, Clerivan da Silva Mesquita como o homem armado que o obrigou a levá-lo até a Favela Mandela, em Manguinhos, na Avenida Brasil.
“Em primeiro lugar, estamos aguardando o deferimento da prisão preventiva. A partir do mandado de prisão preventiva, é que poderemos prender o Clerivan. De qualquer forma, já o estamos procurando, para poder ouvi-lo, saber qual foi a sua participação e que informe sobre as acusações que estão sendo apontadas”, disse.
A Polícia Civil informou hoje (11) que já tem o laudo preliminar da perícia feita no ônibus, que seguia da Praça Quinze para Duque de Caxias, na Baixada fluminense. Pelo laudo, os disparos foram feitos de fora para dentro do coletivo, confirmando os depoimentos de alguns passageiros.
A delegada disse que há possibilidade de os disparos terem sido feitos por armas de diferentes calibres e caso seja confirmado por um laudo definitivo, todas as armas usadas pelos policiais serão recolhidas. Segundo ela, dois policiais assumiram terem atirados contra o ônibus e, se algum ferido vier a morrer, o autor irá responder por homicídio culposo. Atualmente, eles estão enquadrados por crime de lesão corporal.
A passageira Lisa Mônica Pereira, atingida no tórax, continua internada, em estado grave no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Municipal Souza Aguiar. Alcir Pereira, baleado no pescoço, e Fabiana Gomes da Silva, atingida nas nádegas, permanecem internados na unidade, mas não correm risco de morte.
Ao todo, três pessoas acusadas de sequestrar o ônibus foram presas e cinco armas apreendidas: duas usadas pelos suspeitos e três de policiais militares que participaram da ação.