“Muitas vezes, cochilamos um pouco quanto à segurança de magistrados que brigam e trabalham com assuntos muito sérios, como foi o caso dessa (Patrícia), confirma a corregedora.
Depois de conversar com autoridades policiais do Rio, a corregedora garantiu que não há dúvidas de que o crime tenha sido de extermínio. “Há muito tempo ela batia de frente com esses grupos de extermínio, de transporte ilegal de vans, bicheiros. Só posso lamentar esse bárbaro ataque, mas não creio que isso vai inibir a magistratura.”
Indignação
O assassinato da juíza causou indignação em todo o Judiciário. Em nota, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, ressaltou que “crimes covarde contra a pessoa de magistrados constituem atentados à independência do Judiciário, ao Estado de direito e à democracia brasileira”.
Homicídios
Titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo desde 1999, Patrícia Acioli era a única que julgava processos de homicídio na cidade. Em sua lista de condenações há casos contra milícias e máfias de combustíveis e de transporte alternativo. Nos últimos 10 anos, respondeu pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a milícias e a grupos de extermínio. Ela ingressou na magistratura em 1992.