A promotoria também solicitou a prisão de 28 desses policiais. São agentes que já haviam tido a prisão requerida pelo MP no passado, mas que ainda não tiveram o pedido analisado ou que permanecem soltos por habeas corpus. Os requerimentos ainda serão avaliados pelos juízes que atuam na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, que atualmente é comandada pelo juiz Fábio Uchôa.
Se os pedidos de afastamento forem aceitos pela Justiça, os policiais deverão entregar suas armas e identidades funcionais, mas cumprirão a punição dentro dos quartéis - ficando fora das ruas.
Segundo o procurador-geral de Justiça do Rio, Cláudio Lopes, o pedido de afastamento tem o objetivo de desarticular parte das milícias e grupos de extermínio da região, pois os policiais "se valiam de função pública para cometer crimes".
"Resolvemos dar uma resposta à sociedade brasileira. Se alguém pensou que esse assassinato iria intimidar a Justiça, devemos dar uma resposta efetiva no sentido contrário", disse Lopes. Apenas 60% dos processos contra policiais foram analisados pelos promotores. O restante será avaliado nas próximas semanas.