O skinhead Guilherme Lozano Oliveira, de 20 anos, teve a prisão temporária pedida nessa sexta pela Justiça depois de ser apontado pela Polícia Civil como o responsável pelas facadas que mataram o punk Johni Raoni Falcão Galanciak, no último sábado, na frente do Carioca Club, em Pinheiros, na zona oeste da capital, pouco antes do show da banda britânica Cock Sparrer. Oliveira diz que estava no local, mas negou que tenha matado Galanciak, seu "ex-amigo".
No início do ano, ele se envolveu em uma briga com outros jovens em Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo.
Oliveira traz na pele as contradições por ser agora um skinhead de orientação neonazista com passado punk. Ele tem tatuagens alusivas aos dois grupos, bem como um fuzil AK-47 desenhado na testa. "Ele admite que já participou de grupos que cultuam o nazismo", disse a delegada.
Outra contradição está no fato de já ter sido bastante próximo de Galanciak. "Ele fala que foi amigo da vítima, mas que estavam afastados porque um continuava a ser punk e o outro tinha procurado um novo grupo."