Miranda explicou que vários fatores contribuem para o consumo per capita mais elevado em alguns estados, como o Rio de Janeiro (189,1 litros/dia), Mato Grosso (168,2 litros) e São Paulo (177,8 litros). Ele citou, entre esses fatores, o excesso de temperatura, o clima mais desfavorável. “Ou pode ser, também, uma indicação de consumo perdulário”, acrescentou.
No caso do Rio, em especial, onde foi registrada queda de 20% no consumo per capita em 2009, em relação a 2008 (236,3 litros/dia), o coordenador do Snis avaliou que o índice “está se aproximando de um patamar de consumo adequado, mais próximo da média nacional”. Em 2007, o consumo per capita no estado foi 205 litros diários. “É uma boa sinalização”, disse Miranda.
Para ele, ainda há situações preocupantes no país. Os estados de Alagoas e Pernambuco, por exemplo, mostram consumo muito baixo (86,8 litros/dia e 90,9 litros/dia, respectivamente, em 2009). “Consumo abaixo ou na faixa de 100 litros/habitante/dia pode indicar uma demanda reprimida”, ou seja, a população está conectada, mas não está recebendo a água na quantidade ideal. “São soluções técnicas que têm de ser feitas”.
Outro problema, de acordo com o coordenador do Snis, é o consumo mais alto, que pode indicar “um consumo perdulário ou uma situação isolada”.