De maio até o começo de setembro, o governo recolheu 22,2 mil armas de fogo em todo o país, de acordo com balanço da Campanha Nacional do Desarmamento divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Justiça. Os revólveres são a maior parte das armas entregues: 10.828. Também foram recolhidas mais 8 mil outras armas de pequeno porte e 3.734 de grande porte, como espingardas, carabinas, rifles, metralhadoras, submetralhadoras e fuzis.
O número de armas recolhidas em quatro meses de campanha é 20 vezes maior que o total apreendido pela Polícia Federal de janeiro a abril deste ano, antes do lançamento da iniciativa de entrega anônima e remunerada de armas e munições.
São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais lideram a lista de armas recolhidas na campanha. Vinte e um estados aderiram à mobilização para ampliação do número de postos de coleta de armas.
O o secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse que a Campanha do Desarmamento se consolidou com uma política efetiva de segurança pública. “É uma campanha que vem se caracterizando pelo anonimato, pelo pagamento mais rápido das indenizações e pela destruição imediata das armas, para que possamos dar certeza de que elas não vão voltar às ruas, para a criminalidade.”
Desde a primeira campanha pelo desarmamento, em 2004/2005, mais de 570 mil armas foram retiradas de circulação e destruídas, segundo Barreto. “Onde são feitas mais devolução, há maior redução de homicídios e da criminalidade.”
Lançada no dia 6 de maio, a Campanha Nacional do Desarmamento - Tire uma Arma do Brasil entrou hoje (12) em uma segunda fase, com novas peças publicitárias para estimular a entrega voluntária de armas e munições. Cada arma entregue dá direito a indenização de R$ 100, R$ 200 ou R$ 300.