De acordo com o relatório, o mercado de produção de anfetaminas evoluiu de uma indústria caseira, com produção em pequena escala, para um mercado com maior integração e grupos de crime organizado envolvidos ao longo da cadeia de produção e abastecimento.
“Acessíveis e fáceis de fabricar, são drogas de escolha atraente para usuários em todas as regiões do mundo e oferecem aos criminosos uma entrada a mercados ainda não explorados. Ao contrário das drogas à base de plantas, as sintéticas podem ser fabricadas em qualquer lugar, com baixo investimento inicial por parte dos criminosos”, explica o texto.
O relatório da Unodc mostra que a fabricação das metanfetaminas está sendo cada vez mais relatada na América Central e do Sul, com laboratórios sendo desmantelados no Brasil, na Guatemala e Nicarágua.
Dados do relatório mostram que as autoridades brasileiras encontraram laboratórios de ecstasy em 2008 e 2009 e um laboratório de metanfetamina em 2009. Em 2010, o Brasil apreendeu 2.740 comprimidos de ecstasy e 5.910 unidades de metanfetamina.
O Brasil, ao lado da Venezuela e da Argentina, são os países com as maiores taxas de consumo de anfetaminas na América do Sul.
O uso das anfetaminas por meio injetável é apontado pela Unodc como uma preocupação emergente devido à ligação desse tipo de uso com a propagação do vírus HIV. O uso intravenoso dessas drogas vem ocorrendo notavelmente no Leste e Sudeste Asiático e em partes da Europa Oriental e Ocidental.