Os processos de fadiga e combustão sofridos pela "aleta", peça instalada em um dos motores do avião LET-410 da empresa Noar, pode ter contribuído para a queda da aeronave e, consequentemente, para a morte de 16 pessoas em julho deste ano. De acordo com o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o brigadeiro Carlos Alberto da Conceição e o investigador encarregado, o coronel da reserva Fernando Ssilva Alves de Camargo, essa seria uma das hipóteses para a causa da falha do motor do avião.
Segundo os especialistas, a falha teria sido verificada logo após a decolagem, fazendo com que a tripulação tentasse, sem sucesso, um pouso de emergência. As explicações foram dadas hoje a 16 pessoas que representaram oito das 16 vítimas fatais do acidente. A reunião com o Comando Aéreo Regional II (Comar) aconteceu no Mar Olinda Cult Hotel, em Boa Viagem. Na ocasião, os especialistas divulgaram informações sobre o andamento das investigações. Após a coletiva, os representantes da Noar Linhas Aéreas informaram que vão se pronunciar oficialmente ainda hoje.
Por volta das 6h51 do dia 13 de julho, o avião bimotor modelo LET40, da companhia aérea Noar, deixou o Recife com destino a Mossoró, no Rio Grande do Norte. No minuto seguinte à decolagem, os pilotos Rivaldo Cardoso e Roberto Gonçalves reportaram problemas na aeronave e tentaram voltar ao Aeroporto Internacional dos Guararapes, na capital pernambucana.
Sem sucesso na manobra, o avião terminou caindo em um terreno baldio em plena Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O acidente aconteceu apenas quatro minutos após a decolagem.