"Até o final do ano haverá R$ 21 milhões para custear as ações de recuperação e a previsão é que o novo sistema fique pronto em um ano. Terá que ser feito praticamente tudo. É um problema de décadas de sucateamento e má gestão. Infelizmente, as coisas estavam sendo tocadas de qualquer jeito".
Segundo Rogério Onofre, que deixou a função de interventor após a entrega do relatório, o sistema de contratrilhos, usado em Santa Teresa, será substituído por um que reduz os riscos de acidentes em terrenos irregulares. O presidente da Central Logística (que opera os bondes), Eduardo Macedo, ficará responsável pelas intervenções e pela implantação do novo modelo.
O secretário da Casa Civil, Regis Fitchner, admitiu que o governo não sabia das condições precárias dos bondes, apesar das frequentes denúncias por parte da Associação dos Moradores de Santa Teresa e de acidentes sem gravidade que haviam ocorrido antes da tragédia no mês passado.
Fitchner declarou que o governador e o prefeito estão estudando formas de baratear as passagens dos ônibus no bairro, enquanto os bondes, que pararam de funcionar desde o acidente de agosto, não voltarem as circular. A passagem de bonde custava um quarto do valor da cobrado pela viagem de ônibus (R$ 2,50). Centenas de moradores de Santa Teresa, bairro íngreme com grande número de comunidades pobres, dependiam do bonde para se locomover.
O diretor do Detro informou ainda que, ao final da revitalização do sistema de bondes, o governo do estado pretende transferir o serviço para o município e assim facilitar a integração tarifária e o ordenamento urbano e viária.