Segundo a nutricionsita, especialista em nutrição esportiva e mestre em exercício Roberta Costi, o efeito do Jack3d é potencializado quando ele é consumido com bebidas alcoólicas. “Essa mistura se agrava por causa da quantidade de cafeína do suplemento. As pessoas que ingerem o produto dessa maneira podem apresentar dificuldades para dormir e ter picos hipertensivos. Esses suplementos que vêm de fora (o Jack3d é fabricado nos EUA) são muito perigosos”, alertou Roberta, que também atua na escola de educação física da Universidade de Pernambuco (UPE).
Uma estudante de direito de 25 anos contou que ela e um grupo de amigos têm feito uso do produto em festas. “As pessoas que saem comigo estão misturando com uísque e até mesmo com vodca. Nas boates da Zona Sul, é só que tem agora. Eu não bebo, mas não deixo de tomar o Jack3d antes de ir para a balada. Me dá mais disposição para tudo. É uma sensação muito boa”, revelou a universitária. “No último show que eu fui acabei esquecendo de pegar um pouquinho do Jack para tomar”, lembrou.
A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) continua ressaltando a importância das denúncias sobre os locais onde estão sendo comercializados produtos como o Jack3d. Ontem, o Diario procurou o suplemento em duas casas especializadas, porém não o encontrou disponível para venda. “As pessoas precisam revelar quem está vendendo esses produtos”, afirmou Jaime Brito, gerente da Apevisa. O telefone para denúncias é o 3181-6424.
A matéria publicada na edição de ontem sobre a morte do jovem Wilson Sampaio Júnior, 18 anos, teve grande repercussão em várias academias do Grande Recife. O biomédico Athayde Leite, 29, que malha no bairro da Boa Vista, conversava ontem na academia sobre os riscos do Jack3d. “Eu conheço o produto e sei dos efeitos que ele pode causar. Nunca tomei o Jack3d, mas já usei outro suplemento há quatro meses”, disse. O produto tem consumo na classe média alta devido ao seu valor: um pote custa em torno de R$ 200.