Jornal Estado de Minas

Comandante-geral da PM do Rio deixa o cargo

MaĆ­ra Cabral
O comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Mário Sérgio Duarte, pediu exoneração do cargo no início da noite dessa quarta-feira, requisição aceita pelo secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. Duarte, que estava no cargo há pouco mais de dois anos, vinha sofrendo pressão desde que o tenente-conorel Cláudio Luiz de Oliveira foi exonerado e preso suspeito de ser o mandante da morte da juíza Patrícia Acioli, ocorida em agosto.

O tenente-coronel era homem de confiança de Mário Sérgio Duarte. Em carta enviada a Beltrame, Duarte diz que deixa a função para "não deixar nenhum espaço para dúvidas quanto a minha responsabilidade no processo de escolha dos Comandantes, Chefes e Diretores da Corporação". Ele explica que se refere ao "indiciamento do tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira no homicídio da Juíza Patrícia Acioli, e sua consequente prisão temporária".


A nota da SSPRJ informa que "O ex-comandante Mário Sérgio reconheceu o equívoco e ciente do desgaste institucional decorrente de sua escolha, pediu, voluntariamente e em caráter irrevogável, para deixar o comando da PM". Duarte está de licença médica em decorrência de uma cirurgia.
Veja a íntegra da nota divulgada na noite desta quarta pela Secretaria de Estado e de Segurança:

A Secretaria de Estado de Segurança vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

1) O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, aceitou hoje o
pedido de exoneração do Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Mário Sérgio Duarte;

2) O secretário lamentou a saída e esclareceu que tem por política conceder autonomia às chefias das polícias para que em nome da eficiência, possam buscar as melhores medidas administrativas e técnicas para ajudar na implementação da política de segurança, que nos últimos anos vem ajudando a reduzir os índices de violência no Estado do Rio;

3) O ex-comandante Mário Sérgio, que se encontra em licença médica, reconheceu o equívoco e ciente do desgaste institucional decorrente de sua escolha, pediu, voluntariamente e em caráter irrevogável, para deixar o comando da PM;

4) O nome do novo comandante geral da PM será divulgado o mais breve possível.