Os hits se sucedem num ritmo meio cronológico e a plateia não refuga os refrões. Ela abre com You Had Me, do disco Mind, Body and Soul, de 2004. Então vem Free Me, do quarto disco da cantora de 2009, Colour Me Free. Tão jovem e tão cheia de sucessos, tão cheia de si. Depois vem Karma, e só então chega o superhit, a quarta música, Supper Duper Love. Só no final ela canta sua nova profissão de fé, Newborn, que marca sua independência artística - com essa música, ela rompeu com a gravadora antiga e lançou disco por selo próprio.
Sedutora com seus gestos e sorrisos, fazendo pose de rapper ou de menininha com um urso de pelúcia, ela é um portento sensual, embora nem pareça ter muito controle disso. Mas uma garota que se sai bem numa banda em que Mick Jagger é o outro cantor não pode ser totalmente ingênua (ela é vocalista na superbanda Superheavy, que ainda tem Damian Marley e Dave Stewart, do Eurythmics).
O público de Joss Stone no Palco Sunset superou tranquilamente o recordista até então, o Sepultura. Ao Estado, recentemente, ela disse que muita gente esperava que ela, quando estourou, aos 16 anos, em pouco tempo se tornasse “intensa demais”. Ela descobriu logo que isso seria farsesco, que era melhor mostrar que também tinha um lado de futilidade próprio da idade. O seu show atual tem esse componente de futilidade, embora pareça sempre que a voz dela não sai exatamente de si, mas de algum lugar exterior, como se não fosse possível. Mas sim, é possível. Ela aprendeu a domar as massas e a usar a seu favor o fato de ser escandalosamente bonita e talentosa. Contra os clichês, e contra o próprio marketing de si mesma, ela triunfou.
Jeneci - O primeiro show do palco secundário, protagonizado por Marcelo Jeneci e Curumin, começou na hora marcada, 14h30. A dupla, acompanhada por uma banda que dispensa apresentações - Regis Damasceno, Lucas Martins e Laura Lavieri (vocais) - tocou para o menor público do festival até agora, mas convenceu em termos de qualidade e empolgação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.