A professora Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, ferida há uma semana por um aluno de 10 anos em São Caetano do Sul (Grande São Paulo), divulgou ontem uma carta em que agradece à Polícia Militar e ao Hospital das Clínicas pela assistência que recebeu. Ela recebeu alta médica ontem. Rosileide foi baleada dia 22, dentro da Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão. O aluno que fez o disparo estava no 4º ano e se matou no corredor da escola logo depois de ferir a professora.
No depoimento, o irmão de David, Gleisson, de 16 anos, contou que o menino teria dito a ele, duas semanas antes do crime: “Se eu morrer, você sentirá minha falta?”. O adolescente respondeu que sim, mas não levou o assunto a sério, tampouco comentou com os pais. Ainda no depoimento, segundo Lucy Fernandes, familiares – com exceção da observação do irmão mais velho – disseram nunca ter percebido qualquer alteração no comportamento de David.
DEPOIMENTO A delegada disse que ainda não é possível esclarecer os motivos que levaram o menino a cometer o crime. A previsão da polícia era que a professora baleada deveria depor ainda ontem, mas a data foi adiada. De acordo com a delegada Lucy Fernandes, responsável pelo caso, uma nova data será definida com a professora.
Já na próxima semana deverão começar a ser ouvidos os alunos da escola, que retomou as aulas segunda-feira. A sala de aula onde ocorreu o crime ficará desativada por tempo indeterminado. A delegada afirmou que pretende ouvir pelo menos cinco crianças, sendo que a presença de quatro já está confirmada. O local onde acontecerão os depoimentos não foi informado pela delegada, mas ela afirmou que não será na delegacia ou na escola.