Ontem, ele visitou a sede do Instituto de Criminalística (IC), na Avenida Agamenon Magalhães, para fotografar o material apreendido nos depósitos da Império do Forro de Bolso, nas cidades de Toritama, Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru, acusada de ter importado os resíduos potencialmente infectantes. Os contêinres chegaram nos dia 11 e 13 deste mês em Suape.
Quando avistou peças que tinham as inscrições Department of Veterans Affairs - uma instituição de saúde norte-americana que atende veteranos de guerra - e Military Health Care Facilities - programa de saúde para militares - Cavalieros passou a dar outra dimensão ao problema. “A presença dos nomes desses hospitais acendeu a luz vermelha do FBI”, afirmou o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Wilson Damázio.
Também ontem o representante do FBI no Brasil confirmou o nome da exportadora responsável pelo envio da carga para Suape. A empresa Texport, sediada na Carolina do Sul, foi localizada a partir dos documentos fiscais que estão com a Receita Federal do Brasil. A empresa, no entanto, ainda não foi contatada pelas autoridades. Na tarde de ontem, o Diario tentou contato com representantes da Texport, sem sucesso.
Por sua vez, o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marlon Jefferson de Almeida, afirmou categoricamente que o empresário Altair Teixeira de Moura, proprietário da empresa Na Intimidade, que fez as compras, ainda está sendo tratado como suspeito. “Estamos respeitando o direito de defesa. Em depoimento, ele afirmou que quando fez a compra dos tecidos à empresa americana não sabia que o produto seria lixo hospitalar. Apesar dos três galpões fechados, ainda não podemos dizer que ele é culpado. Ele pode ter sido uma vítima também”, disse.