Nono doador de alimentos no mundo e responsável por uma série de programas de transferência de renda, o Brasil se tornou referência para o Programa Mundial de Alimentação das Nações Unidas (cuja sigla em inglês é WFP). No próximo dia 7, será inaugurado o primeiro Centro de Excelência Contra a Fome no Brasil, em Brasília, mas a festa vai ser em Salvador (na Bahia). O escritório comandará ações em 18 países – na América Latina, África e Ásia.
“A fome tem de ser o principal item da pauta do G20. É inadmissível chegarmos a 7 bilhões de habitantes no mundo e haver 1 bilhão passando fome. E passar fome significa não ter acesso aos alimentos. O problema está em todos os lugares do mundo. Mas no Sudeste da Ásia, principalmente em áreas da Índia e China, isso é mais grave ainda”, disse Balaban.
Na tentativa de buscar soluções e minimizar a fome, o Programa Mundial de Alimentação, a maior agência da Organização das Nações Unidas (ONU), atua no mundo há 48 anos. Segundo dados da organização, são 80 países atendidos e cerca de 90 milhões de pessoas beneficiadas (por ano).
Nas Américas, o Programa Mundial de Alimentação desenvolve ações na Bolívia, na Colômbia, em
Cuba, no Equador, em El Salvador, na Guatemala, no Haiti, em Honduras, na Nicarágua e no Peru. Para Balaban, é essencial o estímulo a investimentos em todos os países para ser possível a redução dos que passam fome no mundo.
“O mais importante é estimular os investimentos em várias áreas, como as parcerias, a agricultura, o apoio aos programas de saúde e educação”, disse Balaban “Se o conjunto não for analisado, a tendência é acentuar o que ocorre atualmente: crianças e mulheres sofrem mais do que os outros grupos. Isso ocorre porque os homens deixam a família logo cedo e partem para as guerrilhas, por exemplo.”