Costa ressaltou que a reitoria não está disposta, em nenhuma hipótese, a cogitar a possibilidade de revogação do convênio com a PM. “O que a universidade coloca é que nós podemos e devemos discutir com os alunos e com outros membros da universidade o detalhamento e aperfeiçoamento do convênio”, disse.
A reitoria da USP também aceitou reavaliar os processos abertos contra funcionários e estudantes. De acordo com o superintendente, há processos na Justiça devido a atos de depredação desde 2007, em outra ocupação estudantil da reitoria, que durou de 55 dias.
“Não cabe a nós anistiar ninguém por atos praticados dessa natureza. Mas há outros processos, de natureza administrativa, sobre os quais nós poderíamos ter interferência e teremos. A novidade é que isso não vai ser tratado só pelo pessoal da área jurídica, mas também pela comissão de negociação”, disse.
A rediscussão da presença da Polícia Militar no campus da USP e a reavaliação dos processos contra os alunos e trabalhadores da universidade estão entre os principais pontos reivindicados pelos estudantes que ocupam a reitoria.
Representantes dos estudantes e membros da direção da universidade fizeram um acordo hoje (5) para prorrogar o prazo de saída dos estudantes, inicialmente determinado pela Justiça para as 17h deste sábado. O novo prazo será as 23h da próxima segunda-feira (7). Caso a reintegração não ocorra até o horário estabelecido, o acordo prevê o uso de força policial.
A USP se comprometeu a dialogar com os estudantes, a religar a luz, a internet e a água. Os estudantes aceitaram antecipar para segunda-feira a assembleia geral, inicialmente marcada para a próxima quarta-feira (9), para deliberar sobre a saída do prédio.O acordo foi mediado pela juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública Central de São Paulo, que havia determinado a desocupação do prédio na última quinta-feira (3).