O segundo grupo, que deveria contar com a participação de pesquisadores do Núcleo de Estudos da Violência e do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da universidade, iria discutir o plano de trabalho que vai integrar o convênio assinado entre a Universidade e a Polícia Militar. Ainda segundo a reitoria, a constituição desses grupos e o início dos trabalhos estariam condicionados à desocupação do prédio. Os estudantes, porém, não aceitaram. Eles reivindicam a imediata revogação do convênio firmado entre a universidade e a Polícia Militar e o fim dos processos contra estudantes, professores e funcionários.
A USP cortou o fornecimento de energia e a internet do prédio da reitoria, ontem, mas eles afirmam que vão resistir. “A reunião com a reitoria foi uma farsa. Um órgão que diz estar disposto a negociar cortou a luz e a internet da ocupação e pediu a reintegração de posse”, disse o estudante de letras Rafael Alves, de 29 anos, membro da comissão que esteve com representantes da direção da USP.
Rafael Padial, 24, também aluno de letras e membro da comissão, diz que os manifestantes vão permanecer na reitoria pelo menos até quarta-feira, quando está marcada uma nova assembleia. “O pessoal lá de dentro da ocupação está considerando que não recebeu a intimação porque ela foi lida para quem estava do lado de fora.” Alves disse que os alunos não podem ser responsabilizados por um eventual confronto na desocupação do prédio, que poderá ser feita a qualquer momento pela PM a partir das 17 horas de hoje.