Confira as imagens feitas por Gelson no momento em que ele é atingido.
Com eles foram encontrados um fuzil AR-15, três pistolas, quatro carregadores de fuzil e três de pistola, cinco rádiotransmissores, além de um quilo de maconha e mais 1,5 mil trouxinhas da droga, 2 mil papelotes de cocaína e cem pedras de crack. A polícia ainda aprendeu R$ 3,1 mil em dinheiro, 10 motocicletas e um celular.
Outras quatro pessoas foram mortas durante os confrontos: Tafarel Simões da Silva, de 20 anos, que já tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas; Maxsuam Gomes da Rocha, de 20 anos, acusado por porte de armas, tráfico e furto; e Antônio Carlos Ferreira Neto, de 18 anos, que respondeu por tentativa de homicídio quando menor de idade, além de Jorge Ricardo dos Santos, 22 anos, sem antecedentes.
O delegado da DH, Felipe Ettore, disse que a bala de fuzil que atingiu o cinegrafista atravessou o corpo dele e não foi encontrada. O policial não descarta a possibilidade de que o autor do disparo possa estar entre os mortos ou entre os presos. Para o delegado, as imagens cedidas pela TV Bandeirantes, feitas pelo cinegrafista, podem ajudar a identificar o assassino. Os vídeos gravados foram encaminhados ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). “Todo o armamento, todo o material que foi recolhido será analisado juntamente com as imagens da TV Bandeirantes”, disse.
Policiamento reforçado A Polícia Militar reforçou o patrulhamento no local. A favela está ocupada por homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Choque e do 2º Comando de Policiamento de Área (2º CPA). No entanto, na manhã de ontem o clima era tenso na comunidade. Segundo PMs de plantão no Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) da região, dois dos quatro suspeitos mortos no domingo estavam sendo velados no aglomerado.
A TV Bandeirantes, por meio de nota, rebateu o Sindicato dos Jornalistas do Rio, que acusou a emissora de não dar segurança aos funcionários. Conforme a empresa, os cinegrafistas participam de curso sobre posicionamento em áreas de risco. Além disso, é oferecido seguro de vida diferenciado a quem atua em locais perigosos.
A organização Repórteres sem Fronteiras também criticou duramente a forma de trabalho da polícia brasileira, ressaltando que as operações midiáticas, “cada vez mais frequentes à medida que se aproximam a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, acabam criando riscos para os jornalistas enviados às favelas”.
* Com Agências