Veja fotos da ocupação da Rocinha
O porteiro Marcos Antônio Silva, morador da Rocinha, levou o filho Marcos Vinícius, de 12 anos, na manhã deste domingo para tirar fotos ao lado dos taques. Após pedir autorização aos policiais do batalhão, ele usou a câmera do celular para fazer o registro. “Não é todo dia que vemos esses tanques assim tão perto. Ele queria ver e eu trouxe o menino”, contou.
Marco Antônio relatou que, apesar da apreensão dos moradores da comunidade com a ocupação, a madrugada foi tranquila, sem o registro de confrontos. Ele contou não ter dormido muito bem à noite por causa da expectativa de como seria a entrada das forças policiais, mas garantiu não ter alterado a rotina da casa.
“Até agora está tudo bem, vamos esperar para ver o que vai mudar”, disse.
A professora Índia Maria, moradora da Gávea, também passou pelo batalhão na manhã de hoje para conferir de perto os blindados da Marinha. “Ver esses veículos no cenário urbano impressiona porque eles são pesados e chamam a atenção. Não dá para passar sem perceber. Tomara que eles sejam o símbolo de um tempo de paz não só para as comunidades ocupadas, mas também para nós, que moramos no entorno e também ficamos apreensivos com o poder do tráfico”.
Ao todo, 18 blindados da Marinha foram utilizados na operação. O mais pesado deles, um modelo Clanf (Carro Lagarta Anfíbio), pesa 22,6 toneladas e tem capacidade para transportar 25 pessoas. Em geral, ele é usado para levar fuzileiros de navios para a terra. Além dele, a Marinha usou o M-113 e o Mowag Piranha.