Regiões mais distantes, como a zona sul, também foram mapeadas. Consta na nova rota, por exemplo, o Samba da Vela, em Santo Amaro, o terreiro de Candomblé Ilê Alákétu Asé Ibualamo, no Grajaú, e o centro de cultura Asé Ylê do Hozooane, em Parelheiros.
A Rota Afro foi lançada neste mês por causa do Dia da Consciência Negra, comemorado amanhã. O nome é uma homenagem ao escritor, advogado e jornalista abolicionista Luiz Gama, que nasceu em Salvador, mas trabalhou e conseguiu a própria liberdade e a de outros escravos em São Paulo.
O percurso básico começa no Largo do Arouche - onde há um busto de Luiz Gama -, segue para o Largo do Paiçandu - endereço da Igreja Nossa Senhora do Rosário e da estátua da Mãe Preta (homenagem às escravas que educavam crianças na era colonial) -, continua pelo Parque do Ibirapuera - por causa do Museu Afro-Brasil - e vai até o Sítio da Ressaca, que faz parte do Museu da Cidade de São Paulo e onde está sendo instalada biblioteca temática voltada à cultura negra.
“A população negra é invisível em São Paulo. Trazer esses pontos e ícones à tona é uma forma de mostrar aos paulistanos uma cultura que ajudou a formar a cidade e bairros como Vila Madalena e Bexiga”, diz a coordenadora da Coordenadoria do Negro (Cone), Maria Aparecida de Laia.