A Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro prepara para essa segunda-feira o anúncio do valor da multa que será aplicada à empresa norte-americana Chevron pelos danos causados devido ao vazamento de óleo na Bacia de Campos, no norte do estado. Também serão anunciadas medidas mais rígidas de prevenção. A região afetada pelo vazamento, nesta época do ano, é rota migratória de golfinhos e baleias, além de várias espécies marinhas. As informações são confirmadas pelo governo fluminense.
Scliar investiga a denúncia de que a petroleira Chevron pode ter trazido funcionários estrangeiros sem autorização para trabalhar no país e atuar nas plataformas de petróleo. A Polícia Federal apura ainda eventuais irregularidades envolvendo a participação de colaboradores ligados à Chevron nas atividades petrolíferas.
Scliar vai ouvir sete pessoas vinculadas à empresa norte-americana que trabalham nas plataformas de Campos. Paralelamente, Minc disse que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) deverá apresentar ainda hoje o relatório apontando a extensão da mancha na Bacia de Campos.
O documento do Inpe se baseou em imagens de satélites que captam a presença de óleo até 1,5 metro de profundidade no mar. A medição do Inpe foi feita no último dia 10. Segundo o secretário, não há risco zero quando se trata de exploração de petróleo.
Minc lembrou que se o vazamento atingir o litoral do Rio de Janeiro pode prejudicar as regiões dos municípios de Campos, Macaé, Rio das Ostras e Búzios, mas não afetará os estados de Mato Grosso, Rondônia e do Piauí.
A Secretaria do Ambiente do Rio informou que o processo de licenciamento e a fiscalização de atividades em alto-mar são de responsabilidade do Ibama. Porém, a secretaria diz que atua em conjunto com o órgão federal na busca por uma solução para o problema. Até sexta-feira (18), foram disponibilizadas três equipes do Inea para acompanhar a evolução do acidente, monitorando a situação das regiões costeiras dos municípios de Campos, Cabo Frio e Macaé.