Estimativas do Unaids indicam que 47% dos 14,2 milhões de pessoas em condições de se submeter a tratamento antirretroviral em países de baixa e média renda tiveram acesso aos medicamentos em 2010 – um total de 6,6 milhões de pacientes e um aumento de 1,35 milhão em relação a 2009. Segundo o documento, há indícios de que o acesso ao tratamento tem representado “impacto significante” na redução das novas infecções por HIV.
Um dos exemplo citados é o de Botsuana, no Sul da África. O acesso a antirretrovirais no país passou de menos de 5% em 2000 para mais de 80%, enquanto os casos de novas infecções caíram mais de dois terços desde o final dos anos 90 e estão entre 30% e 50% mais baixos do que estariam caso o tratamento não estivesse disponível.
O diretor do Unaids no Brasil, Pedro Chequer, lembrou que estudos recentes demonstram que o uso do antirretroviral reduz em até 96% a contaminação pelo HIV entre casais formados por apenas um parceiro soropositivo. “A terapia antirretroviral representa uma revolução na prevenção”, destacou.
De acordo com Chequer, o Brasil, atualmente, conta com uma cobertura antirretroviral de 97% quando consideradas as pessoas que receberam o diagnóstico da doença e entre 60% a 69% quando considerado o total de pessoas infectadas no país. A estimativa do ministério é que entre 250 e 300 mil brasileiros tenham sido infectados, mas não conhecem o diagnóstico.