Jornal Estado de Minas

Promotora pediu ao júri absolvição de acusados de matar milionário da mega-sena

AgĂȘncia Estado
O Ministério Público pediu a absolvição de três dos quatro réus acusados pela morte de Renné Senna. Ele havia ganho R$ 52 milhões na Mega Sena e foi morto a tiros em 7 de janeiro de 2007 em Rio Bonito, no interior do Rio, onde morava. A acusação só pediu a condenação da viúva, a cabeleireira Adriana Almeida, que seria a mandante do crime.
O julgamento começou na segunda-feira e tem previsão de ser concluído hoje à noite.

A promotora Priscila Nageli Vaz, responsável por acusar os réus, pediu ao júri a absolvição da personal trainer Janaina Oliveira e dos policiais militares Marco Antônio Vicente e Ronaldo Amaral ex-seguranças de René. Segundo ela, não há prova definitiva da participação deles no crime.

Mas a promotora afirma não ter dúvidas de que Adriana mandou Anderson Souza e Ednei Gonçalves, julgados em 2009 e condenados a 18 anos de prisão, cometerem o assassinato. Janaina Oliveira morava com Souza e foi acusada de ajudar a planejar o crime.

"O Ministério Público se convenceu absolutamente da condenação de Adriana. Ela era ambiciosa, não suportava mais a vida com ele e começou a fazer de tudo para se dar bem. Quando Adriana entrou na vida de Renné, ele se apaixonou e pagou o preço", afirmou Priscila.

Para sustentar a acusação contra Adriana, a promotoria se baseia em conversas telefônicas gravadas entre a cabeleireira e Anderson Souza, em dezembro de 2006 e janeiro de 2007. No dia do crime, 7 de janeiro, a cabeleireira recebeu oito ligações. Segundo a promotora, nove dias antes do assassinato Renné assinou um documento que tornava a mulher dona de 50% da fazenda avaliada em R$ 9 milhões.

Nesta quinta,  Adriana prestou depoimento e voltou a negar envolvimento no crime. Ela admitiu ter traído o marido com um ex-namorado e disse que "não foi um relacionamento amoroso, apenas sexual". Segundo ela, Renné nunca desconfiou de que estava sendo traído.