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Estado de Minas

Primeiro enterro formal de vítima de acidente com avião da Air France será hoje

O relatório final das causas do acidente deve ser divulgado pelo governo francês no primeiro trimestre de 2012


postado em 05/12/2011 11:15 / atualizado em 05/12/2011 11:28

O pai de Nelson Marinho Filho segura uma fotografia do filho(foto: AFP PHOTO / ANTONIO SCORZA)
O pai de Nelson Marinho Filho segura uma fotografia do filho (foto: AFP PHOTO / ANTONIO SCORZA)

Será realizado na tarde desta segunda-feira o primeiro enterro formal de uma das 228 vítimas do acidente com o Airbus da empresa Air France que caiu em 31 de maio de 2009 no Oceano Atlântico, quando seguia do Rio de Janeiro com destino a Paris. Os restos mortais do mecânico de engrenagens Nelson Marinho Filho serão enterrados em Paciência, na zona oeste da capital fluminense. As equipes de resgate conseguiram resgatar 104 corpos.

De acordo com o presidente da Associação das Famílias e Vítimas do Voo 447 da Air France, Nelson Faria Marinho, e pai do rapaz que será sepultado, o relatório final das causas do acidente deve ser divulgado pelo governo francês no primeiro trimestre de 2012. Ele acredita que o acidente foi causado por falha mecânica.

“Em um relatório preliminar, a companhia quis acusar o piloto, mas nós entramos com recurso, pois temos vários documentos das autoridades brasileiras que comprovam que o avião tem problema de fabricação. O Airbus A330 é superautomático e se houver qualquer problema o motorista fica na mão do avião.”

Segundo Marinho, houve seis acidentes envolvendo esse tipo de aeronave nos últimos três anos. Entre eles, o ocorrido um mês após a queda do voo 447, com um avião da Yemenia Air que decolou de Marselha rumo ao Iêmen, com 153 pessoas a bordo, e que explodiu. Outro acidente ocorreu com um Airbus da Afriqiyah Airways, que caiu em Trípoli, na Líbia, em maio de 2010, com 104 pessoas a bordo.

“Tirar de linha sei que é difícil, porque esses aviões custam milhões de dólares. Mas é preciso que façam uma revisão na construção dessas máquinas, criem uma alternativa para dar mais autonomia ao piloto, alguma coisa para consertar esse defeito de fabricação”, disse ele.

A associação representa parentes de 48 vítimas, todas brasileiras. Algumas famílias já fizeram acordos com a Air France e vários processos tramitam no Judiciário brasileiro.


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