Jornal Estado de Minas

Chevron admite que ainda há vazamento em Campos

O superintendente de Meio Ambiente da Chevron, Pimenta afirmou que existe "probabilidade pequena" de o óleo chegar às praias

AgĂȘncia Estado
Um representante da empresa Chevron admitiu nessa segunda-feira, durante audiência pública na Câmara Municipal de Macaé, no Rio, que mesmo depois do controle do vazamento ainda resta óleo residual vazando na Bacia de Campos.
O superintendente de Meio Ambiente da Chevron, Luiz Pimenta, garantiu que a empresa controlou o vazamento do óleo em quatro dias, desde que a Petrobras informou à norte-americana sobre o vazamento, que ocorreu a 115 quilômetros do Farol de São Tomé, confirmando a proximidade com as praias.

No entanto, Pimenta afirmou que existe "probabilidade pequena" de o óleo chegar às praias. "Não posso afirmar que é de 100 por cento", disse o representante da petroleira, acrescentando que 385 metros cúbicos de "água oleosa" foram colhidas do mar.

Durante a audiência, o porta-voz da empresa negou a intenção da petrolífera norte-americana de atingir o pré-sal com a perfuração que culminou no derrame de óleo. Pimenta disse também que o vazamento ocorreu a 1.182 metros de profundidade e que ficou contabilizado em 2,4 mil barris, embora o governo do Estado contraponha este número e acredite que tenha chegado a pelos menos 15 mil barris.

"No somatório, 384 litros de óleo vazaram", avalizou Pimenta. Sendo questionado pelo presidente da Câmara, Paulo Antunes, que presidiu a sessão e pediu que o executivo repetisse os números, já que o Ibama também contesta as divulgações da Chevron, Pimenta disse que "algumas fissuras foram identificadas, a maior delas de 257 metros, mas com uma largura de poucos centímetros", detalhou o representante da petroleira.