O mosaico, que faz parte de um esforço da prefeitura para reformar a escola depois do massacre, terá 34 metros por 1,70. Segundo a diretora artística do mural, a arquiteta Laura Taves, a ideia foi fazer os alunos pensarem no presente da escola, esquecendo um pouco o passado.
Segundo a arquiteta, os desenhos surpreenderam porque trouxeram muita mensagens positivas, mesmo aqueles que fazem menção à tragédia. Lucas Matheus, de 13 anos, por exemplo, desenhou Jesus Cristo. “Porque eu desenhei Jesus? Porque aqui na escola, a gente tem trabalhado de mãos dadas, com um ajudando o outro, como fez Jesus”, disse.
Já Thaysa de Paula, também de 13 anos, optou por desenhar um violão. “A música inspira a felicidade e traz a esperança para todos os que sofreram aqui. Ainda não superei a tragédia, porque isso vai ficar marcado em mim para sempre, mas sei que a gente tem que tocar a vida”, afirma.
Com 11 anos de idade, Matheus Gomes desenhou, no azulejo, um ônibus escolar, representando um passeio dos alunos. “Ainda tenho muito medo. Eu durmo de luz acesa, tomo banho com a porta aberta, tenho medo de ficar sozinho. Eu vou para a psicóloga, mas isso não ajuda muito, porque eu fiquei traumatizado”, afirma o estudante, oito meses depois do massacre.