O homem que filmou a agressão de uma enfermeira em Formosa, no Entorno do Distrito Federal, agredindo até a morte um cão da raça yorkshire e que mobilizou o país todo, prestou dempoimento nesta segunda-feira, em Barra do Garças (MT), onde mora. Claudemir Rodrigues Maciel foi convocado a depor a pedido da delegacia de Formosa.

O cinegrafista amador disse que quando ouviu o choro do animal começou a filmar as agressões. Ele não é vizinho da agressora, mas passava o fim de semana no apartamento da madrinha de sua filha, que é vizinha da enfermeira. Ele informou ainda que já sabia que a mulher agredia o animal. Segundo Claudemir, o cão ainda estava vivo no dia seguinte e estava molhado, na área de serviço. Ele disse que não sabe como o vídeo foi parar na internet e que filmou para denunciar à polícia o crime.

O vídeo mostra que diante da presença da filha de dois anos, Camila agride o animal. O delegado da 1º DP de Formosa, Carlos Firmino Dantas, disse que é necessário investigar se a acusada tem condições de cuidar do filho. A criança terá que passar por perícia psicológica em Goiânia, após decisão determinada pela delegada-geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi.
 
Foi aberto inquérito na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), e na Delegacia de Crimes Ambientais (Dema). Mas, como o caso ocorreu em Formosa, as investigações permanecem na cidade.

Adriana lembra que, mes­mo não sendo previsto prisão, Camila pode ser presa caso não colabore com as investigações. Dantas disse que a jovem e a família têm colaborado.

 

A enfermeira Camila Côrrea de 22 anos, suspeita de espancar um cachorro da raça yorkshire vai responder na Justiça por crime de maus tratos e tortura psicológica de incapaz. A decisão foi tomada na sexta-feira pela Polícia Civil de Goiás, e o inquérito, instaurado pela 11ª Delegacia Regional de Formosa, será concluído na próxima semana. A enfermeira foi filmada espancando várias vezes o cãozinho no interior do apartamento onde mora, na cidade de Formosa. Um dos vizinhos filmou a agressão. E as imagens, divulgadas pela internet, geraram uma onda de protestos, com milhares de manifestações. O cãozinho morreu e a polícia, que está ouvindo testemunhas, parentes e vizinhos da enfermeira, ainda não descobriu como e onde o animal foi descartado. Mesmo assim, estabeleceu a data do crime como sendo 23 de novembro.