Os três sacerdotes condenados em primeira instância, por pedofilia, pela Justiça de Arapiraca (AL), também já tiveram suas punições determinadas pela Santa Sé, em Roma. De acordo com nota divulgada na tarde de hoje pela Diocese de Penedo, que engloba Arapiraca, processos administrativos canônicos contra os religiosos foram instaurados logo depois de vir a público as denúncias de abusos sexuais, feitas por ex-coroinhas em março do ano passado.
O processo canônico contra o monsenhor Luiz Marques Barbosa, 83 anos - que aparece em um vídeo gravado por um ex-coroinha tendo relações com um outro ex-coroinha - já foi concluído e ele já foi notificado da sua punição em 15 de dezembro. O monsenhor Raimundo Gomes Barbosa, 53 anos, e o padre Edílson Duarte, 45, também já foram julgados pela Santa Sé, mas ainda não foram notificados. As penas da Igreja Católica só poderão ser divulgadas quando todos estiverem cientes das punições que lhes cabem.
Na nota, assinada pelo bispo diocesano Valerio Breda, ele afirma que a diocese sente-se "profundamente acabrunhada" com a notícia da condenação judicial e compartilha "as expressões mais fortes e eloquentes do Santo Padre, o Papa Bento XVI, não escondendo 'desconcerto e vergonha' pelos 'crimes odiosos' perpetrados por clérigos, manifestando apoio irrestrito às vítimas dos abusos". Ele também exorta os padres e fiéis a não esquecerem "o bem realizado pela imensa maioria dos sacerdotes irrepreensíveis e abnegados e a não ceder a sentimentos de decepção e de indiferença".
Ainda sem ter conhecimento da punição dos sacerdotes pela Santa Sé e do posicionamento da diocese, que acatou a decisão judicial de condenar o monsenhor Luiz Marques Barbosa a 21 anos de prisão e os outros dois religiosos a 16 anos e quatro meses, parte da população de Arapiraca, como Diego Albuquerque, enfermeiro, integrante do grupo jovem da paróquia do Cristo Redentor, preferia não julgar os três religiosos.
Ainda assombrado com o episódio, Diego deixou transparecer uma ponta de dúvida sobre a culpa dos três, embora tenha aprovado a decisão do juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude de Arapiraca, João Luiz de Azevedo Lessa. "Mostra que Alagoas não é terra sem dono, mostra que Alagoas não é terra da impunidade", afirmou ele. Segunda maior cidade do Estado, Arapiraca tem 209 mil habitantes.
Sem discutir a decisão judicial - "A justiça sabe mais do que a gente que não conhece o processo" - ele se impressionou com as penas, que considerou muito longas. Sua certeza só se manteve quando falou da sua fé, que não foi abalada pelos crimes dos religiosos. "Os ensinamentos e a doutrina da Igreja Católica independem de quem está no altar", assegura.
O processo canônico contra o monsenhor Luiz Marques Barbosa, 83 anos - que aparece em um vídeo gravado por um ex-coroinha tendo relações com um outro ex-coroinha - já foi concluído e ele já foi notificado da sua punição em 15 de dezembro. O monsenhor Raimundo Gomes Barbosa, 53 anos, e o padre Edílson Duarte, 45, também já foram julgados pela Santa Sé, mas ainda não foram notificados. As penas da Igreja Católica só poderão ser divulgadas quando todos estiverem cientes das punições que lhes cabem.
Na nota, assinada pelo bispo diocesano Valerio Breda, ele afirma que a diocese sente-se "profundamente acabrunhada" com a notícia da condenação judicial e compartilha "as expressões mais fortes e eloquentes do Santo Padre, o Papa Bento XVI, não escondendo 'desconcerto e vergonha' pelos 'crimes odiosos' perpetrados por clérigos, manifestando apoio irrestrito às vítimas dos abusos". Ele também exorta os padres e fiéis a não esquecerem "o bem realizado pela imensa maioria dos sacerdotes irrepreensíveis e abnegados e a não ceder a sentimentos de decepção e de indiferença".
Ainda sem ter conhecimento da punição dos sacerdotes pela Santa Sé e do posicionamento da diocese, que acatou a decisão judicial de condenar o monsenhor Luiz Marques Barbosa a 21 anos de prisão e os outros dois religiosos a 16 anos e quatro meses, parte da população de Arapiraca, como Diego Albuquerque, enfermeiro, integrante do grupo jovem da paróquia do Cristo Redentor, preferia não julgar os três religiosos.
Ainda assombrado com o episódio, Diego deixou transparecer uma ponta de dúvida sobre a culpa dos três, embora tenha aprovado a decisão do juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude de Arapiraca, João Luiz de Azevedo Lessa. "Mostra que Alagoas não é terra sem dono, mostra que Alagoas não é terra da impunidade", afirmou ele. Segunda maior cidade do Estado, Arapiraca tem 209 mil habitantes.
Sem discutir a decisão judicial - "A justiça sabe mais do que a gente que não conhece o processo" - ele se impressionou com as penas, que considerou muito longas. Sua certeza só se manteve quando falou da sua fé, que não foi abalada pelos crimes dos religiosos. "Os ensinamentos e a doutrina da Igreja Católica independem de quem está no altar", assegura.