Breno Fortes
Maria Julia Mendonça
Um padre foi preso por volta das 6h desta sexta-feira acusado de estuprar seis crianças. O mandado de prisão foi cumprido no condomínio Del Rey, próximo a saída de Unaí. O padre foi encaminhado para a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA). A polícia investiga se ele teria envolvimento em outros casos de estupros.
Conhecido como padre Evangelista, ele é pároco da Igreja São Francisco de Assis, localizada na região do condomínio, e integra a Ordem dos Carmelitas. A Arquidiocese de Brasília ainda não se pronunciou sobre o assunto. A assessoria jurídica está tomando conhecimento dos fatos para definir que tipo de acompanhamento será dado ao padre. O mandado de prisão foi cumprido pela DPCA em parceria com a Delegacia de Operações Especiais (DOE)
As investigações do caso começaram há três semanas, quando uma das mães foi à delegacia denunciar os abusos cometidos contra as filhas. O pai das crianças trabalha como caseiro numa propriedade próxima da igreja liderada por Figueiredo. A outra criança, uma menina, é filha de um pedreiro que também trabalha e mora na região. "Ele atraía os menores com a promessa de ajudar nos deveres de casa e de pagar R$ 20 reais. O dinheiro nunca foi recebido", afirmou o diretor geral da Polícia Civil do DF, Onofre Moraes.
As crianças afirmaram que os abusos eram cometidos na casa do padre e nas suas casas. "Ele fazia visitas com frequência. Almoçava, era amigo dos pais que também frequentavam a igreja." As crianças disseram ainda que eram ameaçadas pelo padre. "Segundo elas, ele dizia que os pais seriam demitidos. Além disso, ele sempre mostrava a arma que tinha em casa", disse a delegada Valéria Raquel Martirena, que acompanha o caso.
A versão das crianças são coerentes entre si. Elas relataram que o padre, antes do estupro, mostrava um vídeo pornográfico no celular. O telefone foi apreendido e as cenas descritas pelas crianças, reconhecida. O aparelho foi enviado para perícia. Também foi apreendido o computador de Figueiredo. A arma encontrada no momento da prisão confere com a descrição feita pelas crianças.
Ordenado padre em 1993, Figueiredo, de 49 anos, exibia uma atuação marcante na vida eclesiástica. Ele celebrou missas na ala psiquiátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo, integrou a pastoral de saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em Brasília, antes de trabalhar na Paróquia de São Francisco de Assis, Figueiredo trabalhou na Igreja São Camilo, instalada numa área nobre de Brasília, Asa Sul. "Não há nenhuma acusação confirmada em outras paróquias. Mas investigações vão continuar", disse o diretor geral da Polícia Civil. Depois da prisão, o padre foi apresentado aos jornalistas. Descalço, com bermuda e camiseta e algemado, o padre não falou com jornalistas.
Figueiredo está com a prisão preventiva decretada. O inquérito deverá ser concluído em 10 dias. O Ministério Público terá até 10 dias para avaliar se as provas são suficientes para pedir uma ação na Justiça. Ontem, ele estava preso no Complexo da Polícia Civil mas, de acordo com a delegada, ele seria transferido em breve.
A Diocese de Brasília afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que somente irá se manifestar quando os fatos forem esclarecidos. A assessoria de imprensa da CNBB informou que não está definido se o assunto será discutido pelo colegiado na próxima reunião ordinária. Isso somente será feito se houver pedido da diocese do Distrito Federal ou de algum integrante. Por enquanto, de acordo com a assessoria, não há nenhum movimento neste sentido.
Maria Julia Mendonça
Um padre foi preso por volta das 6h desta sexta-feira acusado de estuprar seis crianças. O mandado de prisão foi cumprido no condomínio Del Rey, próximo a saída de Unaí. O padre foi encaminhado para a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA). A polícia investiga se ele teria envolvimento em outros casos de estupros.
Conhecido como padre Evangelista, ele é pároco da Igreja São Francisco de Assis, localizada na região do condomínio, e integra a Ordem dos Carmelitas. A Arquidiocese de Brasília ainda não se pronunciou sobre o assunto. A assessoria jurídica está tomando conhecimento dos fatos para definir que tipo de acompanhamento será dado ao padre. O mandado de prisão foi cumprido pela DPCA em parceria com a Delegacia de Operações Especiais (DOE)
As investigações do caso começaram há três semanas, quando uma das mães foi à delegacia denunciar os abusos cometidos contra as filhas. O pai das crianças trabalha como caseiro numa propriedade próxima da igreja liderada por Figueiredo. A outra criança, uma menina, é filha de um pedreiro que também trabalha e mora na região. "Ele atraía os menores com a promessa de ajudar nos deveres de casa e de pagar R$ 20 reais. O dinheiro nunca foi recebido", afirmou o diretor geral da Polícia Civil do DF, Onofre Moraes.
As crianças afirmaram que os abusos eram cometidos na casa do padre e nas suas casas. "Ele fazia visitas com frequência. Almoçava, era amigo dos pais que também frequentavam a igreja." As crianças disseram ainda que eram ameaçadas pelo padre. "Segundo elas, ele dizia que os pais seriam demitidos. Além disso, ele sempre mostrava a arma que tinha em casa", disse a delegada Valéria Raquel Martirena, que acompanha o caso.
A versão das crianças são coerentes entre si. Elas relataram que o padre, antes do estupro, mostrava um vídeo pornográfico no celular. O telefone foi apreendido e as cenas descritas pelas crianças, reconhecida. O aparelho foi enviado para perícia. Também foi apreendido o computador de Figueiredo. A arma encontrada no momento da prisão confere com a descrição feita pelas crianças.
Ordenado padre em 1993, Figueiredo, de 49 anos, exibia uma atuação marcante na vida eclesiástica. Ele celebrou missas na ala psiquiátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo, integrou a pastoral de saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em Brasília, antes de trabalhar na Paróquia de São Francisco de Assis, Figueiredo trabalhou na Igreja São Camilo, instalada numa área nobre de Brasília, Asa Sul. "Não há nenhuma acusação confirmada em outras paróquias. Mas investigações vão continuar", disse o diretor geral da Polícia Civil. Depois da prisão, o padre foi apresentado aos jornalistas. Descalço, com bermuda e camiseta e algemado, o padre não falou com jornalistas.
Figueiredo está com a prisão preventiva decretada. O inquérito deverá ser concluído em 10 dias. O Ministério Público terá até 10 dias para avaliar se as provas são suficientes para pedir uma ação na Justiça. Ontem, ele estava preso no Complexo da Polícia Civil mas, de acordo com a delegada, ele seria transferido em breve.
A Diocese de Brasília afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que somente irá se manifestar quando os fatos forem esclarecidos. A assessoria de imprensa da CNBB informou que não está definido se o assunto será discutido pelo colegiado na próxima reunião ordinária. Isso somente será feito se houver pedido da diocese do Distrito Federal ou de algum integrante. Por enquanto, de acordo com a assessoria, não há nenhum movimento neste sentido.