Segundo o engenheiro civil Alexandre Conti, o governo não tomou providências suficientes para evitar que uma nova catástrofe se repita neste ano. Para ele, o nível de realização das obras de drenagem dos rios assoreados e de contenção das encostas para que não desabem está longe de ser adequado. “Houve muito desvio de verbas que deveriam ser destinadas às obras, um verdadeiro oba-oba com o dinheiro liberado porque os gastos não precisavam ser justificados em situações de emergência”, lamenta, referindo-se aos desvios de recursos que deveriam ser destinados ao socorro das vítimas em Teresópolis e em Nova Friburgo.
Alexandre Conti diz que os trabalhos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Defesa Civil do Rio apresentaram evolução, com a preparação de planos de contingência. Mas, segundo ele, essas ações não serão suficientes “É um cenário muito complicado, pessoas morando em áreas de risco. Não está descartada uma tragédia como a que ocorreu no ano passado.” (Com agências)
Caos nos aeroportos
As chuvas que atingem o Rio provocaram ao longo do dia atrasos e cancelamentos de 24% dos voos no Aeroporto Santos Dumont, no Centro da capital fluminense. Passageiros enfrentaram filas e tiveram de aguardar horas para conseguir embarcar ou ser realocados em outros voos. No Aeroporto Internacional do Galeão, também no Rio, os atrasos chegaram a 54%. Em todo o país houve atrasos e caos nos terminais. Em Minas, Brasília, Goiás, Santa Catarina e Espírito Santo também houve problemas nos terminais por causa do mau tempo.