De acordo com o coordenador da Defesa Civil no norte e noroeste do Rio, coronel Douglas Paulich, apesar do céu encoberto, não chove na região. Segundo ele, o município de Itaperuna é o que mais preocupa as autoridades neste momento devido às ocorrências de deslizamentos de terra. Nos últimos três dias foram registrados mais de 30. "CHouve muitos escorregamentos, muitas enxurradas, o terreno está muito encharcado e a região, muito vulnerável", afirmou.
O coronel Paulich acrescentou que, se não voltar a chover nos próximos dias e o nível dos rios baixar, voltando às calhas naturais, a Defesa Civil vai iniciar a fase de avaliação dos estragos. O levantamento deverá ser enviado ao governo federal para solicitar recursos para a reconstrução das cidades. Ele lembrou que o mais importante é trabalhar na prevenção definitiva de novas tragédias.
"Não digo que estamos enxugando gelo, mas deixando o gelo derreter na mão, porque nem conseguimos recuperar os danos de um ano e no seguinte já vemos a chuva voltar e a situação se agravar. É preciso investir em obras que realmente ajudem a prevenir essas enchentes e os deslizamentos", destacou.
De acordo com o último balanço da Secretaria de Defesa Civil do Rio, divulgado na noite de ontem (8), 10.759 pessoas estavam desalojadas e 3.980 desabrigadas em todo o estado por conta das chuvas. Itaperuna, Italva e Laje do Muriaé foram os municípios que apresentaram o maior índice de chuvas - um acumulado de 100 milímetros em 24 horas.