Dezessete pessoas foram presas neste domingo durante a reintegração de posse no acampamento Pinheirinho, na zona sul de São José dos Campos, interior de São Paulo. Segundo a Polícia Militar, alguns dos presos não fazem parte da comunidade. A desocupação deve terminar até o fim da noite de hoje, quando todos os moradores terão sido retirados. Segundo a PM, as pessoas que não possuem local para ir devem procurar o Centro de Triagem, montado pela Prefeitura em frente ao acampamento.
Segundo a PM, foi uma "ação brilhantemente planejada, onde não foi encontrada resistência". O elemento surpresa foi o sucesso, segundo a PM. A área já está 100% tomada pela polícia e amanhã será feita a retirada dos móveis dos moradores por homens contratados pela prefeitura. A polícia deixará a área apenas depois que todos os invasores saírem. Segundo o batalhão de choque, foram encontradas armas improvisadas e todas foram levadas para a delegacia em São José. Seis veículos foram queimados, sendo um da TV Vanguarda.
O homem ferido durante a reintegração, de acordo com a PM, fazia parte do grupo de vândalos que derrubou o portão do Centro Esportivo, hoje. Um guarda civil municipal teria atirado contra o manifestante. O homem foi operado para a retirada de uma bala, na região lombar, e passa bem, segundo a prefeitura.
Cerca de 30 manifestantes que apoiam os moradores do Pinheirinho estão em frente ao Condomínio Bosque Imperial, onde mora o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB). Os integrantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos da OJE (Organização dos Jovens e Estudantes) e da Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre).
Eles exigem que Eduardo Cury atenda à reivindicação dos moradores e regularize a área do Pinheirinho. Apesar dos governos federal e estadual já terem apresentado propostas para regularizar a Ocupação, Cury continua omisso em relação ao caso, segundo o sindica