São José dos Campos – Alojados em um ginásio próximo de onde viviam, ex-moradores do Pinheirinho, 200 adultos e 120 crianças e adolescentes, aguardam uma definição da prefeitura de São José dos Campos, em São Paulo, sobre o local de futura moradia.
Em um salão separado, no ginásio, ficam as mães com crianças muito pequenas. Lá, Larissa Rodrigues cuida de Miqueias, que tem apenas 1 mês de nascido. Atingido por gás lacrimogêneo na ação policial, o bebê teve que ser levado a um pronto-socorro e agora necessita de atenção especial. “Ele está com olho infeccionado por causa da bomba. Estou aqui com os remédios. Fica saindo secreção o tempo todo”, disse.
Durante a visita da Agência Brasil ao local, a única pessoa que reclamou do atendimento dado pela prefeitura foi Cássia Pereira. Mãe de Pedro, de 4 anos, e Gabriela, de 2 anos, ela acha que alimentação fornecida para as crianças não é suficiente. Para ela, três refeições por dia não atendem às necessidades das crianças. Cássia Maria também declarou que os filhos estão estranhando a vida no alojamento. “Meu filho está chorando há dois dias pedindo para ir para casa”, disse.
O governo do estado de São Paulo e a prefeitura de São José dos Campos assinaram, nessa quinta-feira, um convênio para o pagamento de uma bolsa aluguel de R$ 500 por mês para as famílias que ocupavam o Pinheirinho. Até o momento, a prefeitura cadastrou 1,1 mil famílias.