O encarregado de obras Rundiney Cantarim, de 41 anos, contraiu a doença no ano passado. De acordo com ele, havia muitos focos de dengue no local onde fazia uma reforma. “Passaram antibióticos para a dor, mas não houve medicação”, conta. Cantarim acredita que o trabalho de agentes de saúde é importante para que locais como esse fiquem livres do mosquito Aedes aegypti, causador da doença.
O estudante Frederico Van Erven Cabala, de 25 anos, também sofreu com a doença. Ele foi infectado duas vezes em Itabuna, na Bahia. O município apresenta altos índices de infestação. “Peguei dengue duas vezes, na segunda vez foi pior, foi o tipo 2”, relata. O estudante lembrou que, à época, em 2009, o município passava por um surto e ele preferiu ir para São Paulo fazer o tratamento, já que o hospital não tinha condições de atender todos. “Faziam exame de sangue para ver se era hemorrágica, davam soro e analgésico e mandavam para casa para repousar. Os hospitais estavam muito cheios.”
A Secretaria de Saúde informou que o Distrito Federal está em situação de alerta, com índice de infestação predial de 1,8%, medido em janeiro. A região com maior risco de surto é o Lago Sul, onde o índice de infestação predial é 6,6%. Pelos dados da secretaria, em 2011, foram confirmados 1499 casos de dengue e três mortes no Distrito Federal.
Em época de chuva, o ambiente fica propício ao aparecimento do mosquito causador da dengue.