Brasília - A greve dos policiais militares na Bahia, que entrou neste sábado no seu quarto dia, já tem como consequência o crescimento das ocorrências criminosas. Desde o início da paralisação, nessa quarta-feira, a região metropolitana de Salvador registra 50 homicídios. O número é 117% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. Nas últimas 30 horas, há registro de 29 homicídios.
A falta de policiais nas ruas gerou uma onda de saques e violência em todo o estado. Só nessa sexta, 58 carros foram roubados e algumas lojas arrombadas e saqueadas. Cerca de 3 mil militares da Força Nacional e de unidades das Forças Armadas estão sendo enviados ao estado para fazer a segurança da população. Mais 4 mil militares da 10ª Região Militar, em Fortaleza (CE), podem ser deslocados para reforçar o policiamento na Bahia.
Os policiais em greve estão acampados em frente à Assembleia Legislativa. Eles reivindicam a aprovação do plano de carreira, regulamentação da gratificação de atividade policial, nível 5, melhores salários e condições de trabalho.
Para avaliar a situação, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, estarão neste sábado em Salvador a fim de acompanhar as operações das Forças Armadas na garantia da segurança da população durante a greve. O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, também participam da comitiva.