Acusado de envolvimento no assassinato da religiosa Dorothy Stang, Regivaldo Pereira Galvão teve seu pedido de liminar para ser posto em liberdade negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O relator do caso, desembargador Adilson Vieira Macabu, considerou não haver justificativas para a libertação do réu. Dorothy Stang foi assassinada em fevereiro de 2005, no interior do Pará. A missionária ficou conhecida por lutar pelos direitos dos agricultores da região e por combater a ação de grileiros no estado. Regivaldo Galvão seria um dos responsáveis por encomendar a morte da missionária. Ele foi condenado a 30 anos de prisão. A defesa considera a prisão do réu ilegal por falta de fundamentação e alega que o acusado se apresentou espontaneamente em todas as fases do processo, não se podendo falar em risco de fuga. O pedido de habeas corpus foi feito para que o réu pudesse permanecer em liberdade até o julgamento do último recurso contra a condenação. O relator do caso, desembargador Adilson Macabu, salientou que a justificativa para a prisão cautelar foi que o modo de execução do crime (morte encomendada em troca de dinheiro) revela a periculosidade do réu.